Fazendo escolhas e tomando decisões
- Paulo Morais

- 27 de out.
- 3 min de leitura
É fato que a vida é feita de escolhas, se você não está fazendo as suas, provavelmente alguém fará por você, e você se tornará coadjuvante em sua própria vida.
Não é diferentemente o dia a dia no ambiente empresarial, diariamente empresas fazem muitas escolhas, algumas mais difíceis e outras já alinhadas com os objetivos são tão claras, que não são difíceis de escolha (mas não necessariamente fáceis de executar);
EU GOSTO, de dividir as escolhas do meu dia a dia em alguns grupos, são 3 basicamente:
SIM, ÓBVIO: São decisões que, quando perguntado, a resposta é sim, quase como: "Perguntar para alguém que gosta muito de chocolate se ela aceita chocolate". A definição é tão clara que se torna um "Sim óbvio". Dado o cenário, caminho e objetivos, não há outra escolha mais sensata do que esta;
NÃO, ÓBVIO: São definições que de largada não fazem sentido, para exemplificar e ir ao limite do óbvio: "Uma fábrica de suplementos de performance física, ter franquias de algum fast food americano famoso". É óbvio, por que não combinam, não fazem sentido as duas linhas de negócio e tornam-se incongruentes entre si;
As demais decisões que não caem nessas duas regras anteriores, são pertencentes ao grupo complexo de escolha, e irão refletir estudo e análise para realizar uma escolha inteligente, ou ainda, que passem a fazer sentido, vou tomar como exemplo, um que poderia ser pontuado como o "calcanhar de aquiles da Apple":
iPhone é conhecido por ter baixa eficiência das baterias, ou seja, duram muito pouco perto de seus concorrentes;
Com o tamanho de receita da Apple, não deve ser um problema difícil de resolver, já que concorrentes tem melhor desempenho, já temos tecnologia e componentes;
Contudo, os usuários escolhem pela troca nem sempre por funcionalidades novas (eu mesmo não vejo grandes mudanças do iPhone 11 para o 17 [apenas a dança da posição das câmeras e dar um chá de sumiço nos carregadores]).
Trocamos de dispositivos (até mesmo os Android's) por que a bateria não tem acompanhado o nosso dia a dia, e exigem um pit-stop de carregamento, ou o power bank se torna um acessório, assim como o fone de ouvido;
Se há a troca, eu renovo a venda, se eu renovo a venda e facilito a migração entre dispositivos, eu transformo uma receita que seria "eventual" (na venda de cada aparelho) em uma "receita recorrente" (receita com previsibilidade);
Abro mais um mercado de venda de baterias [e carregadores];
Ao chegar nesse break point, parece ser agora um "Sim, óbvio" que eu não devo investir em ter a melhor bateria, mas sim em facilidade de migração, vendas, pós-venda, relacionamento, usabilidade, certo?

Veja: "Os iPhones 14 e modelos anteriores são projetados para reter 80% da capacidade da bateria original após 500 ciclos de carga completa. Já os modelos do iPhone 15 em diante são projetados para reter 80% da capacidade após 1.000 ciclos de carga completa. Um ciclo de carga é contado cada vez que a bateria descarrega e carrega um total de 100%, podendo ser um uso único ou fragmentado ao longo do tempo."
Com isso, até o modelo 14, com uso diário, e bateria de "100 até o 0" uma vez ao dia, perdemos 20% da capacidade de armazenamento de energia, com menos de 1 ano e meio de uso; Após o modelo 14, apesar de estendido, o mesmo cálculo durará menos de 3 anos; Curiosamente, o maior vendedor de iPhone do Brasil (Itaú), vende parcelado em 21 vezes;






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